Seu nome completo, formação e experiência:
Sandra Maria Diniz Silva, licenciada em matemática
pela UFCG (2016) e especialista em Ensino da Matemática pela Faveni (2018).
Participei de programa de educação tutorial (PET – matemática) durante a
universidade e diversos eventos acadêmicos. Atuei como chefe de sala na
aplicação do Enem nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016, e como certificadora do
exame em 2017, 2018 e 2019. Em 2017 fui nomeada como professora, por meio de
concurso público, no estado de Pernambuco lecionando na cidade de Camutanga na
Escola de Referência em Ensino Médio Pedro Tavares e atualmente sou professora
do estado da Paraíba, também por meio de concurso público, nomeada neste ano de
2020, lecionando na Escola Integral Cidadã Teonas da Cunha Cavalcanti. Diante
do cenário que nos encontramos nesta pandemia, fui contratada como bolsista,
por meio de seleção, para atuar como tutora do curso de ensino em regime
especial à distância oferecido pela SEECT- PB em parceria com a PbTec.
Com essa nova realidade advinda do Isolamento
social, quarentena... como foi para você o processo de mudança do ensino presencial ao
acesso remoto?
Sem dúvidas, um grande desafio! Como muitos
especialistas da área afirmam, nada substitui a presença física do professor na
sala de aula com os estudantes. Não sinto muita dificuldade com ensino remoto,
porém traz um distanciamento entre o professor e os estudantes. Sem falar no grande
trabalho de preparar atividades de fácil compreensão, uma vez que não estamos
perto para sanar as dúvidas.
Você já tinha habilidade com informática e as
tecnologias digitais, e utilizava em sua atividade escolar, como?
Já sim, sempre fui a favor e amante da tecnologia
em minhas aulas apesar das várias dificuldades encontradas na caminhada. Na
maioria das vezes, utilizo slides em data show para expor conteúdo, atividades,
vídeos, assim como softwares que auxiliam nas diversas explicações que muitas
vezes não alcançamos sem essa ajuda.
Como está sendo a experiência de
"ensinar matemática" sem o contato presencial?
Como já dizia Lorenzato (2006), os materiais não
ensinam sozinho nem substitui o professor. As ferramentas tecnologias são
extremamente úteis neste cenário mas sinto muita falta da acessibilidade de
todos os estudantes e isso se torna um desafio muito grande em se tratando de
despertar o interesse dos estudantes nesta disciplina que é tão temida.
Acho necessário um contato presencial para fixar
melhor a aprendizagem.
Quais são as estratégias utilizadas neste novo
formato para trabalhar com ciência exata?
Tento ao máximo diferenciar as atividades,
disponibilizo vídeos, testes virtuais, atividades de pesquisa com apresentações
virtuais, atividades manuais como confecção de materiais, dentre outros.
Quais plataformas você usa?
Atualmente estou utilizando o GoogleClassrom devido
a parceria com a SEECT- Pb.
Quais são as suas maiores dificuldades?
Preparar atividades que sejam de fácil compreensão
aos estudantes e ao mesmo tempo se adeque aos eixos propostos pela secretaria
de educação. Despertar o interesse do estudante que está na sua residência,
muitas vezes sem recursos ou espaço para realizar essas atividades.
Quantas horas você trabalhava antes e quantas
horas você trabalha hoje?
Como leciono em Escola Cidadã Integral, a jornada
de trabalho permanece a mesma de 40h na semana ou 8h no dia. Sem falar, que os
estudantes querem tirar dúvidas a qualquer hora do dia.
Você está conseguindo conciliar trabalho e vida
pessoal?
Sim, evito trabalhar nos finais de semana como já
fazia antes. Mas durante a semana trabalho como se fosse na escola.
Quais são as maiores dificuldades dos seus
alunos?
Acessar a plataforma, pois não tinham - em sua maioria - experiência, e entender a atividade proposta mesmo diante de todas as explicações contidas
nela.
Quais são as vantagens e desvantagens do acesso
remoto?
As vantagens é que os estudantes podem realizar
atividades em casa, deixando o ócio de lado e mantendo o vínculo com a escola.
As desvantagens são que nem todos tem acesso a
ferramentas tecnológicas, então precisam se deslocar até a escola para receber
o material impresso e realizar a atividade sem auxílio do professor.
Além disso, nós professores temos que nos desdobrar
para preparar atividades diferenciadas que despertem o interesse do estudante, sem saber quais condições eles apresentam em casa para realizarem as mesmas e
sem poder exigir deles por isso.
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